Fight! War of the Dead MSX vs. PC-88 vs. PC Engine (Parte 2 de 3)

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Confira a Parte 1 AQUI!

Shiryou Sensen: Browning no Fukkatsu – PC-88 (1989)

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Capa do PC-88

Por John Szczepaniak – 15 de Janeiro de 2011

Cerca de dois anos depois do lançamento para MSX2, em janeiro de 1989, uma versão refeita do War of the Dead, com o subtítulo Browning’s Resurrection (A Ressurreição de Browning), foi lançada para o computador pessoal PC-88, da NEC. A lista de diferenças entre os jogos é extensa.

O que é imediatamente aparente é a escala do jogo: tudo em relação ao seu personagem parece maior. É também consideravelmente mais rápido, com uma velocidade de andar melhor e sem a necessidade de se preocupar com menus quando estiver vasculhando caixas ou falando com as pessoas – apenas encoste neles para ativar (o que é uma benção!). Apesar da versão para PC-88 mostrar apenas 8 cores simultâneas na tela (o MSX2 usa 16), ele utiliza uma resolução muito maior, misturando pixels para simular mais cores. Com objetos maiores, mais detalhados e com um estilo e cores mais chamativo, a versão para o PC-88 acaba parecendo melhor em movimento que a versão do MSX2 version, que parece antiquada. Ela também conta com uma arte na borda mostrando dois esqueletos biomecânicos, que foram removidos da maioria das telas aqui.

Um dos maiores retrocessos do jogo é que as batalhas não contam mais com backgrounds dedicados baseados na sua localização, e ao invés disso se passam num retângulo preto vazio. Também. enquanto no MSX2 haviam múltiplos inimigos na tela, o PC-88 limita você à apenas um, o que é uma vantagem, tornando o jogo muito mais fácil. Além dessas simplificações, o combate foi completamente refeito, com várias melhorias. A quantidade de encontros com inimigos diminuiu bastante, e enquanto você não se mover você não é atacad, diferente da versão para MSX2. A frequência de encontros ainda pode ser bastante frustrante para alguns, mas o jogo só rola um número para cada passo, logo é possível fazer um save rápido antes de andar uma distância curta, e recarregar se você encontrar alguma batalha.

As armas agora tem munição ilimitada (até onde sei a versão testada não tinha nenhum trainer que habilitasse isso). Para evitar que o combate ficasse muito fácil, certos inimigos são vulneráveis apenas à certas armas. Por exemplo, o Rock Monster é invunerável à ataques de pistola, rifle ou escopeta, mas pode ser vencido com a faca. Ainda é possível usar o poder psíquico para carregar as armas, mas desta vez ela dá um valor numérico, que diminui à cada disparo. De forma geral, os combates são muito mais divertidos. Dito isso, os inimigos ainda não deixam nenhum item e não há um sistema de experiência, servindo apenas para atrasar o seu progresso. Existem por aí na internet arquivos d88 com um trainer que removem encontros no mapa externo e em alguns (mas não todos) mapas internos, o que acelera consideravelmente o jogo.

De forma geral, a versão para PC-88 conta com a maioria dos inimigos encontrados na versão para MSX2, mas você só os enfrenta um a um. O que muda de forma drástica é o mapa, os NPCs que você encontra e a estrutura geral. O sobrevivente Harvard sumiu por completo, sendo substituído por Whitman, e o mapa passou por grandes mudanças. Os incêndios que bloqueavam seu caminho e muitos dos labirintos de pedras se foram, enquanto os espaços abertos entre as áreas aumentou, dando ao mundo um feeling muito maior e mais realista. Há também a inclusão da casa de barcos e a mudança de certos objetivos, o que altera bastante o ritmo do jogo. Além disso, o bote que você adquire mais tarde não é mais um item que deve ser carregado, mas sim um veículo que pode ser deixado na costa. Isso aumenta o mapa ainda mais – antes, quando você conseguia o bote, você podia ignorar os rios, mas agora você precisa prestar atenção onde você desembarca, para poder voltar mais tarde.

Outras mudanças incluem a remoção do ciclo de dia e noite, o que é uma pena, já que era uma  boa idéia. Junto com isso foi-se a habilidade de dormir, o saco de dormir, o sinalizador e os óculos. A “bush knife” foi removida, que no MSX2 funcionava como a faca normal, mas com alcance maior. A sub-metralhadora também se foi, juntamente com o morteiro. Mas você ganha em troca um belo lança-chamas, que é novidade. As localidades estão polivilhadas com mais caixas com itens – por exemplo, na igreha agor há cerca de meia dúzia deitens de recuperação.Há também novas cenas de eventos, como o buraco enorme na sala de aula, e novos itens, como a ‘Jacob’s ladder’ (que é o termo náutico para a escada de cordas – ironicamente o filme com este nome foi lançado depois do jogo, logo os dois não tem conexão alguma [N.T. esse filme saiu no Brasil como “Viagem Alucinante”]).

As similaridades entre as músicas do MSX2 e do PC-88 variam, mas o fantástico som do sintetizador do PC-88 são uma boa melhora sobre a versão do MSX2. Ela lembra os jogos de tema cyberpunk, ou algo das músicas para C64 ou Amiga. Elas dão aquela sensação de que algo vai acontecer, dando ainda mais ao jogo uma atmosfera de opressão de desespero.

Jogando hoje em dia

É um jogo que vale à pena experimentar, e esta pode ser até a melhor versão das três. Apesar da versão para o MSX2 ter dado origem à série, foi o remake para PC-88 que definiu o formato para a subsequente versão para o PC Engine, e influenciou a sua continuação, de certa forma. Os jogos para PC-88 e PC Engine são até tão similares em sua estrutura e objetivos, que você pode usar o walkthrough (mas não o mapa) para a versão do PC Engine para terminar este aqui. E sua maior vantagem: é mais jogável, em comparação ao seu antecessor. Para aqueles que usam emulador, aqui está um arquivo zip contendo os dois arquivos d88 do jogo, um contendo um trainer que reduz a quantidade de encontros com inimigos, e a versão normal do jogo. A versão normal vem com um jogo salvo bem avançado no jogo (escolha “load” na tela de título, o bote foi deixado um tanto para leste e um pouco para sul). Salvar na versão para PC-88 fé possível apenas na igreja, o que não é um problema, já que previne que você quebre o jogo salvando quando estiver para morrer. Não que isso faça muita diferença, lá que os emuladores permitem save states. Não existem traduções deste jogo, mas o guia para o PC Engine é bastante compatível (veja na matéria à seguir).

Vídeos

Em breve: Parte 3 – War of the Dead no PC Engine!

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