Hydlide II: Shine of Darkness (ハイドライドII) – MSX, PC-88, X1, FM-7, Mobile (1985)

Capa do MSX
Lançado em 1985 para os computadores japoneses de sempre, esta continuação é p único jogo da série Hydlide que nunca chegou às américas em nenhum formato, mas acabou de certa forma sendo lançado na Europa através da emulação oficial do MSX do WOOMB.
O enredo do jogo envolve um cristal maligno, que está escondido bem fundo no subterrâneo, onde está criando monstros. Numa jogada que copiada dos jogos da série Ultima, o jogador é invocado de Fairyland para a Terra, e parte para destruir o cristal e acabar com sua força maligna. Varalys, o grande vilão do primeiro jogo (bem, o grande vilão o primeiro jogo depois da jogabilidade em si) aparece como um guardião próximo do fim do jogo também. Este não é um enredo lá muito interessante, mas você é presenteado com algumas cenas em “Engrish” que o detalham, além de uma versão remixada do tema do Hydlide.

Hydlide II (MSX)
Tendo em vista a jogabilidade, Hydlide II não é um grande avanço em comparação com o jogo original. Novamente você pode alternar em os modos de ataque e defesa e trombar com os inimigos para lhes causar dano. No Hydlide original, você podia causar um dano menor enquanto estivesse no modo de defesa. Aqui, isso mudou para defesa total. Você também tem a opção de apertar 0 para tentar conversar com certos monstros mais “amigáveis”. Você geralmente vai ter que entrar em modo de ataque, torcer alguns golpes com o inimigo, então recuar um pouco para recuperar energia e então repetir. Se você estiver num dungeon com passagens estreitas, isso se torna uma porradaria geral, à menos que você encontre uma forma de se esquivar dos inimigos.

Hydlide II (MSX)
Desta vez existem mais elementos tradicionais de RPG, incluindo algumas cidades, que contam com lugares para se comprar equipamento e treinar seu personagem. Isso na prática faz o jogo precisar de mais “grinding” que o original, já que você agora luta também para comprar equipamento, além de subir de nível para enfrentar os vilões.

Hydlide II (MSX)
É neste jogo que é primeiramente introduzido o sistema de moralidade, encontrado mais tarde no Hydlide III. Seu personagem pode ter uma alinhamento com “Justice”, “Normal”, ou “Evil”. Como no jogo seguinte, você perde moralidade ao ferir monstros bons e ganha por enfrentar monstros maus. A distinção entre monstros bons ou maus é bem mais difícil neste jogo, logo você pode ver sua moralidade (chamada de FORTH, provavelmente vindo de “Forthrightness” [N.T.: Franqueza]) caindo rapidamente se você não for criterioso em seus ataques. Na maioria das vezes, se for humano, é melhor você não atacá-lo. Diferente de Hydlide III, onde a moralidade só faz diferença ao se enfrentar um dos chefes, ser mal faz com que os monstros bons e moradores das cidades te ignorarem. Isso por sua vez te nega o acesso à pistas, equipamento e treinamento.

Hydlide II (PC-88)
Treinamento é um novo elemento feito para dar mais profundidade ao jogo. Enquanto experiência e passagem de nível aumenta o seu HP, aumentar sua forma e magia requerem treinamento. Treino de força em particular trata-se de um mini game de luta, onde você deve usar toda a sua habilidade para metralhar o botão “Y” até você vencer ou ser derrotado, sendo uma experiência um pouco abaixo do Karate Champ. Sua performance nesse proto-jogo de luta e quantos rounds você avançar afeta seu ganho de força. Já que se demora um pouco para se conseguir os 3.000 em ouro necessários para melhorar este stat, você provavelmente vai repetir isso para se ganhar vários rounds seguidos. Treinar magia é algo mais direto – uma simples troca de ouro por MP.

Hydlide II (MSX)
O jogo tem alguns efeitos em stats, relacionados à itens e ao terreno. Como no primeiro jogo, ficar parado em campo aberto faz com que sua energia recarregue aos poucos. Ficar para em desertos, florestas e cemitérios, faz o oposto – sua energia irá baixar, te forçando à usar táticas de “hit and run” para se mover, recuperar energia, e continuar a explorar. Felizmente, sua energia também se recupera aos poucos nos dungeons.

Hydlide II (MSX)
Outra característica especial é o efeito “Darkside”. Quando alguns inimigos são atacados, eles derrubam um cristal negro. Apesar deste item ser necessário mais para a frente no jogo, segurar um faz com que sua energia parece de regenerar. Felizmente você pode largá-lo (selecionando-o e apertando “D”), mas ele também é um dos itens mais largados pelos inimigos maus do mapa principal. Lembranças de pegar o Rubi em The Uninvited veêm à mente, mas pelo menos aqui está a indicação do que está causando este problema.

Hydlide II (MSX)
O jogo também conta com uma opção de tempo, permitindo que você acelere ou atrase a jogabilidade. Isso seria mais tarde refinado no Hydlide III, com o uso de um relógio dentro do jogo que determina ciclos de dia e noite, e a necessidade de se comer ee dormir. Aqui, ela meramente afeta a velocidade da jogabilidade e pode tornar o griding e a exploração mais rápidos. Infelizmente, o jogo exige bastante griding e iss ainda é um saco mesmo nas velocidades mais rápidas.
O jogo ainda conta com os maravilhosos “quebra-cabeças” do primeiro, incluindo trombar com rochas e lápides aleatórias para encontrar entradas. Nos dungeons, os baús de tesouro e escadas são invisíveis, exigindo que o jogador bata nas paredes e quinas para encontrá-los. Isso adiciona tanto desafio quanto incômodo ao jogo, de forma geral. A falta de walktroughs precisos torna o avanço no jogo bastante difícil, e se você quer avançar no jogo um pouco além de um passeio no mapa e uma ou outra dungeon, espero que você seja bom de mandinga e tenha algumas figas e patuás à mão.

Hydlide II (MSX)
O que podemos dizer desse jogo? Sua jogabilidade é praticamente a mesma do primeiro, mas é uma aventura muito maior. Enquanto o primeiro não é mais que uma aventura curta, mais que ainda tem seus charmes, o escopo ambicioso do Hydlide II torna as falhas do jogo ainda mais evidentes – diferente do primeiro jogo, que era uma jóia inacabada de tamanho modesto, o tamanho deste jogo, o tamanho deste jogo significa que o carvão nem chegou perto de começar a virar diamante, para a tristeza dos jogadores mais dedicados. Algumas características importantes, como tempo e moralidade foram mantidos no terceiro jogo, mas este aqui é mais próximo em espírito ao primeiro Hydlide, ao invés do estilo de jogo mais parecido com Zelda, presente no Hydlide III.
A maioria das versões para computador é bastante similar. Este é o único jogo da série que não recebeu um update ou um remake para qualquer outra plataforma, com exceção do jogo para celular de 2003 feito pela Bothtec, que é totalmente inacessível para os jogadores ocidentais.
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