Por Kurt Kalata
Power Strike II – Master System (1993)

Capa
O título deste jogo, Power Strike II, lançado apenas na Europa para o Master System, com certeza é confuso. Ele não é uma conversão do Aleste 2 do MSX, nem é uma versão para console do Power Strike II para Game Gear. Ao invés disso, é um jogo novo, com um tema bem atípico. Ao invés de se passar no espaço, o jogo se passa na Grande Depressão, no início dos anos 30. A Grande Depressão fez várias pessoas partirem para a pirataria aérea, logo na pela de um caçador de recompensas com o nome cretino de “Pothunter”, cabe á você pilotar o Falcon Flyer e derrubá-los dos céus.
Cada missão começa com um cartaz de “Procurado” mostrando que você deve caçar. O design das fases tem o design “terráqueo” que poderia se esperar, contando com oceanos, florestas, montanhas e minas. Mas os designs das naves são bastante anacrônicos, já que muitas das naves parecem algo vindo de um jogo Aleste de ficção científica. Junto com as gigantescas naves-chefes extremamente detalhadas, os visuais são muito mais coloridos que dos outros shooters. O jogo tem oito fases, mas elas são relativamente curtas.
A jogabilidade é similar à do Aleste/Power Strike do Master System, mas com algumas melhorias vindas do Aleste 2, como a habilidade de se escolher com que arma quer começar, e mudar a velocidade de sua nave. Ele também não usa os padrões de inimigos gerados por IA, e as armas secundárias são infinitas. Suas armas principais e secundária são disparadas ao mesmo tempo, com o outro botão ficando reservado para a troca de velocidade, mas você pode usá-lo para pausar também (ativado por uma opção bastante útil no menu de configurações). Uma novidade interessante é uma espécie de arma “afterburst” – se você atirar continuamente por alguns segundos e então soltar o botão, você dispara uma pequena série de ataques em onda mais fortes. Existem também esferas para se coletar – existem três cores diferentes, e você pode equipar duas delas ao mesmo tempo. Elas afetam a força, velocidade e cobertura da sua arma principal, além do nível de força determinado pelos powerups “P”.
Fora a premissa e o tema, não existem nada de realmente único sobre o Power Strike II em comparação com outros títulos da série Aleste, mas mesmo assim é melhor que qualquer outro shooter para o console (não que existam muitos), incluindo o seu predecessor. E é bastante impressionante para um shooter em 8-bit.
Sendo um lançamento tardio, este é um jogo caro de se encontrar. Ele funciona no Master System americano, mas é um dos poucos títulos que foram otimizados para TVs do sistema PAL. Por causa disso, ele roda um pouco rápido demais num console NTSC. Como a maioria dos shooters da Compile, o jogo já é bem rápido e bem difícil, e com a velocidade mais rápida, fica ainda mais difícil.
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