Por Kurt Kalata
Moero TwinBee: Cinnamon Hakushi wo Sukue! / Stinger (もえろツインビー シナモン博士を救え!) – NES (1986)
Moero TwinBee: Cinnamon Hakushi wo Sukue! (“Burn, TwinBee: Rescue Dr. Cinnamon!”) – foi originalmente lançado para o Famicom Disk System. Ele é lembrado principalmente por dois motivos: fora os relançamentos posteriores, este é o único jogo da série que chegou ao ocidente (onde foi renomeado para Stinger), e é o único destas continuações para NES que se desvia da fórmula original. Assim como muitos outros “segundos capítulos” nem séries de vídeogame (Super Mario Bros. 2, Zelda II, Castlevania II), Moero TwinBee é bem diferente do TwinBee original, sendo o único jogo da série que alterna entre fases de scroll horizontal e vertical.
Isso é ainda mais estranho, já que as mecânicas não são consistentes entre as fases. As fases vistas de cima tem visual e jogabilidade bem parecidas com a do Twinbee original, com um upgrade gráfico bem leve. Por outro lado, mas fases de scroll lateral tem algumas mudanças estranhas. As sprites nem parecem ser das mesmas naves, já que elas não tem braços e tem jatos visíveis na traseira. Talvez seja por causa disso que você não pode mais perder seus braços, morrendo agora com um único tiro.
Além disso, independente da perspectiva, os sinos sempre caem em direção ao rodapé da tela. Nas fases vistas de cima, isso funciona como no TwinBee original. Mas nas fases de scroll lateral isso torna ainda mais difícil gerenciar os sinos. Faria mais sentido se os sinos caíssem em para a esquerda, em direção ao jogador, que como a Konami acabou fazendo ao implementar o mesmo sistema de sinos na série Parodius. nas fases horizontais, o botão B dispara tanto a arma principal quanto as bombas ao mesmo tempo, enquanto o botão A dispara pequenos corações diretamente para cima. Estes não ferem os inimigos, mas servem para acertar os sinos. De uma forma geral, parece que estes segmentos foram feitos separadamente, e colocados juntos no último instante. E infelizmente, o jogo começa numa fase de scroll lateral, o que dá uma péssima primeira impressão.
Apesar das várias bizarrices com estas, houveram várias melhorias em relação ao jogo original. Quando se morre, a nave destruída vira um anjo que se move em direção ao topo da tela. Se você o pegar antes que ele deixe a tela, ele restaura todos os powerups que você tinha quando morreu, logo você não é deixado sem poder de fogo. Mas isso não é tão útil quanto parece, já que geralmente você fica no topo da tela para acertar os sinos, tornando impossível para que sua próxima vida pegue o anjo antes que ele desapareça. Mas de forma geral é um pouco mais fácil que o jogo original, especialmente se considerarmos que agora você pode continuar após perder todas as vidas, mas precisará recomeçar a fase.
Existem algumas armas novas, como o laser, que se obtêm pegando o sino rosa. No TwinBee, a arma de três direções só era disponível ao se pegar itens do solo. Existem agora outras armas multi-direcionais que pode ser encontradas de forma parecida. Existem mais itens escondidos para serem encontrados, incluindo um ícone da cabeça do Goemon (do Ganbare Goemon/Mystical Ninja), que te dá pontos. Encontrar a cabeça do do Professor Cinnamon te leva para uma fase bônus após se derrotar o chefe.
Existem sete fases, com um visual mais distinto que das áreas do TwinBee. Uma fase parece se passar sob a água, enquanto outra é sobrevoando uma área que se parece com o Egito. Os chefes são muito, muito mais estranhos, incluindo um aparelho de som e uma torneira.
A música funciona da mesma forma que no original, com uma música “normal” mais lenta, e outra mais rápida quando você está com powerups. E novamente, ambas as músicas são bacanas, mas repetitivas. Pelo menos isso muda na última fase, que conta com uma música diferente.
Seria injusto comparar Moero TwinBee com a sua versão americana, já que sua característica mais interessante foi removida no Stinger. A versão japonesa tem suporte para três jogadores simultâneos, algo bastante raro para um jogo de Famicom em 1986. Isso foi possível já que o Famicom tinha dois controles embutidos e uma porta de expansão para o terceiro. Juntamente com TwinBee e WinBee, uma nova nave verde, a GwinBee, é apresentada. Já que o NES não possuía o hardware necessário na época para acomodar isso, o modo de três jogadores foi reduzido para dois apenas. WinBee foi completamente removido do jogo, apesar de aparecer na capa da versão americana, que usa a mesma arte da versão japonesa. A versão japonesa em disco também conta com duas opções de dificuldade: normal ou hard. Isso foi removido da versão americana, e ao invés disso o primeiro loop do jogo é jogado na dificuldade normal, enquanto o segundo loop é na dificuldade maior.

FDS
Há uma pequena abertura em ambas as versões, mostrando o Dr. Cinnamon sendo capturado. Na versão japonesa, a placa fora de seu laboratório se lê “Donburi”, escrito em inglês, que é o nome da ilha onde o elenco de TwinBee vive. Isso foi alterado para “Konami” na versão americana. A versão japonesa também tem uma tela a mais onde os três pilotos conversam entre si.
Na versão japonesa, a história se passa 100 depois do TwinBee original, com os heróis enfrentando o maligno Gattlantis, que é descendente do King Spice do jogo original. Dr. Cinnamon ainda está vivo porque foi colocado em um sono criogênico. A manual da versão americana conta uma história tanto diferente, que envolve alienígenas d distante planeta Attackon, que raptam o professor para roubar a sua fórmula de adoçante para transformar a Terra em algodão doce. Ele també dá o primeiro nome de Einstein ao Professor Cinnamon.
Em 1993, a Konami relançou o jogo em cartucho, assim como fizeram com Akumajou Dracula (Castlevania) e Bio Miracle Bokutte Upa. Esta versão é praticamente idêntica à original, com a inclusão de um modo easy. Fora isso, no manual de Detana TwinBee Yahho! Deluxe Pack, os pilotos das três naves são identificados como bisnetos do Dr. Cinnamon: Squash, Whip, e Mellow. Seus nomes não aparecem no jogo em si.
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