Por Kurt Kalata
Act-Fancer: Cybernetick Hyper Weapon – Arcade (1989)
Apesar de não ficar aparente pelo título (ou sequer pelo visual do jogo), o jogo Act-Fancer é na verdade um spinoff da série Darwin. Isso se dá porque ele usa um sistema evolutivo similar, apesar de ser um “run-and-gun” de ação lateral, ao invés de um jogo de nave de visão vertical.
O jogo tem um visual e jogabilidade parecidos com outro jogo mais antigo da Data East, o Psycho-Nics Oscar. Apesar de você não poder voar, você pode diminuir a sua velocidade de descida segurando para cima enquanto estiver no ar. Na sua forma normal, você dispara um tipo para frente, juntamente com um tiro que quica. Ao evoluir uma vez você lança bombas incendiárias pelo chão e numa forma mais avançada você conta com um tiro que se espalha. Na sua forma mais evoluída, você fica muito poderoso e consegue destruir praticamente tudo, mas como antes, se você levar um único tiro você volta à sua forma mais fraca e quase inútil, além de ainda precisar continuar pegando esferas para evitar involuir. Uma novidade são as esferas vermelhas, que estendem a sua forma evolutiva atual sem mudá-la. Mas este jogo não é tão complexo quanto os jogo da série Darwin – aqui existem apenas sete formas, sem ramificações ou mutações bizarras escondidas. Só existem cinco fases ao todo, sendo que vários delas são bem curtas e apesar do jogo não ser extremamente difícil, ele não perdoa e ao morrer você sempre é levado de volta ao começo da fase.
Os visuais tem um estilo sombrio e tem um quê de terror biológico neles. É difícil de se olhar para ele sem fazer comparações com jogos como R-Type e apesar da arte não estar no mesmo nível, alguns dos chefes são tão grotescos quanto. As formas do Act-Fancer também são bem legais, começando com algo parecido com um pássaro sem asas, que eventualmente vai se transformando até se tornar um réptil bípede e armadurado.
Há um esqueleto de um ótimo jogo aqui no Act-Fancer, mas ele é curto demais e muito mal acabado para ser mais que uma mera curiosidade.