Por Neil Foster 6 de fevereiro de
Magical Taluluto-kun (まじかる☆タルるートくん) – Mega Drive (1992)
Capa
Magical Taluluto-kun foi um mangá primeiramente publicado na Weekly Shounen Jump desde 1988 até 1992. Com uma premissa não muito diferente de Padrinhos Mágicos, a história gira em torno de Honmaru Edojo, um garoto ruim-mas-bom que é frequentemente atormentado por valentões e nunca consegue nenhuma garota. Isso até ele encontrar um livro mágico que estava na coleção de livros infantis que se pai escrevia. Dele surge Taluluto, um auto-proclamado grande mago, que pode realizar qualquer pedido que Honmaru fizer. Naturalmente, problemas e confusões acontecem quando a mágica de Taluluto faz com que acontecimentos fantásticos ocorram na vida outrora normal de Honmaru. O mangá foi popular o suficiente para ter seu anime feito pela Toei e exibido por dois anos desde o início de 1991, além de três filmes ao todo, juntamente com um punhado de jogos de vídeogame.
Felizmente, um bom jogo não exige que o seu material-fonte seja algo jogável. Na verdade, os temas mais “safados” da personalidade de Honmaru foram abandonados aqui para tornar as coisas mais “para todas as idades” do que os mangá e anime nos quais ele é baseado. Os jogadores controlam o pequeno mago Taluluto ao longo de cinco fases, encontrando personagens da série pelo caminho, assim como enfrentando vários vilões. Sua arma de preferência é o seu cajado mágico, mas seu curto alcance é como o de Wonder Boy in Monster World. A melhor opção, quando disponível, e pegar magicamente com um golpe de seu cajado e arremessá-los contra os seus inimigos. Este projéteis improvisados variam desde mochilas, passando por cepos de árvores, e até chegando à postes de rua, e cada um deles que você usa fica personalizado com um sorriso idiota, graças à magia de Taluluto. Taluluto também pode usar suas asinhas de morcego para planar, o que também é útil para passar se deslizar por passagens mais estreitas. Seus poderes mágicos se estendem por mais algumas habilidades epeciais, mas de estoque limitado, começando com invencibilidade temporária e mais tarde ganhando um especial que limpa a tela, invocando a irmã de Taluluto, Kinakamo Ria para causar algum dano. E finalmente, Taluluto terá que enfrentar o seu maligno rival Raivar para salvar Iyona Kawai, a paixão de Honmaru.
A apresentação é vibrante, quase toda em tons pastéis. Apesar da escolha de cores, os gráficos não estão muito longe dos do primeiro Wonder Boy para Mega Drive, mas muitas das sprites são enormes, sendo tudo em uma escala bem maior para encaixar com a diminuta estatura de Taluluto. Há várias camadas em parallax e efeitos que rasgam a tela em alguns dos ataques mágicos. As fases variam entram os cenários da vida real, como a escola e a vizinhança de Honmaru, ao lugares místicos que Taluluto frequenta. Estes mundos mágicos são compostos por castelos, cogumelos, árvores vivas, e nuvens e montanhas sorridentes. Na maior parte do tempo, os inimigos e lugares são fofos e bobinhos, se encaixando bem na personalidade infantil do personagem. Entretanto, alguns inimigos como o helicóptero e o demônio gigante parece quase não se encaixar. A trilha sonora, executada por Matsuda sem encaixa no tema do jogo, como batidas animadas, deixando você sorrindo como as nuvens. Taluluto tem algumas poucas falas no jogo, uns poucos “Ooh”s e “Aah”s com uma salada de palavras uninteligíveis mal-sampleadas quando ele solta uma magia ou quando come um takoyaki, sua comida favorita.
Magical Taluluto-kun é um jogo fácil e curto, apesar de tudo. Apesar de seu golpe normal ter curto alcance e de seu marcador de vida nunca ultrapassar o limite de 3 corações, os inimigos são alvos grandes e a quantidade de objetos na fase que Taluluto pode arremessar magicamente contra eles é abundante, capazes de destruir quase tudo que estiver na tela em cada arremesso. Os inimigos voadores cor-de-rosa carregam powerups que restauram energia em forma de takoyaki, e estão por todos os lugares, e vários outros powerups oferecem vidas extras, potes de geléia que recuperam energia ou cargas de magia, além de também servirem como projéteis. Existem poucas coisas secretas e os quebra-cabeças são bem esparsos, geralmente limitados à se planar por uma passagem mais estreita, alguns blocos que precisam ser acertados com o cajado para se transformarem em uma escada temporária, ou um labirinto bem fácil, com setas que apontam para a direção correta. Sua magia de invencibilidade é a única com que vale à pena se gastar as suas cargas mágicas, tornando os chefes extremamente fáceis, já que você fica livre para para pegar os objetos da tela e arremessá-los contra ele, sem medo de retaliação. A única ameaça que Taluluto realmente enfrenta são os abismos sem fundo. Estes buracos assassinos estão em vários saltos longos, que requerem uma precisão que o suas asinhas de morcego infelizmente não fornecem. Um toque duplo no botão de pulo coloca Taluluto à planar sem controle, o que geralmente faz com que ele dê de cara com inimigos ou caia direto nos abismos. A pior área é o segmento aéreo com scrolling automático, onde o jogador deve saltar de nuvem feliz em nuvem feliz, enquanto evita macacos que atiram maçãs e pescoços de girafa. O jogo só oferece três continues, mas ele é curto e fácil o suficiente, logo são mais que suficientes.
Fica óbivo que esse título licenciado foi feito como um jogo de plataforma para iniciantes, para as crianças japonesas fãs do anime/mangá. Apesar disso não depor contra o jogo, sua jogabilidade curta e fácil vai acabar deixando os jogadores mais velhos querendo algo mais. Felizmente, o jogo em si é sólido o suficiente e apenas alguns detalhes e situações irritantes são mais complicadas, algo de muita sorte para um jogo baseado em anime desta época conseguir.
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