Especial Ys, Parte 11: Ys IV – The Dawn of Ys

Por Kurt Kalata em 5 de outubro de 2017

Ys IV: The Dawn of Ys (イースIV: ザ ドーン オブ イース) – PC Engine CD (22 de Dezembro de 1993)

Tendo ofendido muitos fãs com a mudança de estilo em Ys III, a Falcom retornou à fórmula antiga com visão aérea para o Ys IV. Esta versão se passa depois dos acontecimentos de Ys III na linha de tempo da série, enquanto em todas as demais versões ela se passaria depois. A jogabilidade é praticamente a mesma, mas alguns detalhes foram ajustados. A versão para PC Engine dos primeiros jogos tinha uma opção “Slow/Fast” que determinava a velocidade, mas Ys IV remove esta opção e deixa a velocidade em algum ponto entre ambas. Em compensação a luta é mais fluída, o que parcialmente se dá pelo fato de Adol poder agora se mover na diagonal. Os anéis de Ys III estão de volta, assim como o sistema de magia de Ys II também é reutilizado aqui – logo Adol pode novamente usar varinhas que lançam bolas de fogo e se transformar num Roo. Uma novidade é a magia “Freeze”, que paralisa os inimigos por um curto período e, o mais importante, os deixa extremamente vulneráveis durante este tempo. Também nova é a magia “Seeker”, que basicamente faz o papel da Mask of Eyes do primeiro jogo, mas sem a desvantagem de tornar os inimigos invisíveis.

Á primeira vista, os gráficos quase não parecem ser melhores que os da versão de Ys Book I & II para o Turbografx-16, mas há muito mais detalhes nos gráficos de fundo, o que se torna mais aparente à medida que você avança no jogo. Os designs dos personagens também são muito melhores e as cutscenes aparecem com mais frequência. Sem que um personagem fala, um retrato enorme aparece, com fala sincronizada com os lábios. A história de Celceta é mostrada em imagens elaboradas de tela cheias, o que provavelmente é a razão pela qual o jogo requer o Super CD-ROM ao invés do CD “convencional” de seus predecessores. A melhoria no visual é bem vinda, já que a história é mais entrelaçada no jogo do que em todos os jogos anteriores. É também um jogo bem mais longo, que exige mais tempo do que os dois primeiros jogos juntos.

Com volta da antiga visão áerea, há várias referências ao jogo original, com Adol iniciando na cidade de Minea e logo partindo e velejando para descobrir os mistérios das terras de Celceta. Mas há alguns desvios para encontrar velhos amigos: Lilia está de volta, assim como Dogi, além de revisitarmos algumas localidades anteriores. Você chega à lutar na Darm Tower novamente, mas felizmente não precisa explorar ela inteira. Muitas das áreas do jogo são conectadas pelos campos e florestas de Celceta. O designs das dungeons é similar à dos jogos antigos, mas com algumas jogadas diferentes, como areia movediça nos desertos, ou o Torie Shrine – conhecido pelos fãs como “Escher Dungeon”: uma área bastante confusa com pisos de teleporte que tentam te desorientar, virando a tela de cabeça para baixo ou colocando você nas paredes.

Personagens

Leo

Cada versão de Ys IV lida com o comandante Romun de forma diferente. Enquanto no Super Famicom ele é um personagem descartável que sequer é nomeado, o Leo de The Dawn of Ys é bastante ativo, perseguindo Adol pela região e procurando um tesouro misterioso.

A fantástica música de Ys que os fãs conhecem e amam de trás pra frente está de volta, novamente arranjada por Ryo Yonemitsu. Mas desta vez há menos músicas de ação e mais faixas mais lentas. Algumas delas conta com um saxofone estilo jazz, o que nem sempre soa apropriado ao ser combinado com o som do sintetizador. A trilha sonora é bem extensa, mas acaba decepcionando, já que uma grande quantidade das músicas é tocada usando-se o fraco chip de som do PC Engine. Há também muita dublagem, mas está é num som PCM um tanto chiado. Antes do lançamento do jogo, a Falcom lançou os três CDs da Ys IV Perfect Collection, que contém toda a trilha sonora do jogo, mas algumas faixas são um pouco diferentes.

Tudo que foi feito nos jogos originais, foi feito melhor em Ys IV – gráficos melhores, designs de dungeons mais envolventes, algumas batalhas incríveis contra chefes e genialidade por toda a parte. É um jogo substancialmente mais logo e mais envolvente que os anteriores, mas nunca chega ao ponto de exagerar. Muitos fãs o consideram um dos melhores RPGs de ação do PC Engine, e certamente um dos melhores jogos entre os antigos da série Ys. Felizmente ele foi traduzido para o inglês e até dublado por fãs nas cenas com voz, onde não existem legendas no jogo original.

Galeria

Vídeos

Longplay (em inglês):

Trilha sonora:

À seguir: Ys IV – Mask of the Sun!

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